Simão Pedro, um dos oradores mais aguardados, discorreu sobre as máximas de Jesus, convidando à reflexão sobre as próprias ações e suas justificativas
Como vencer o mal?
Esse foi o questionamento respondido com a reflexão do palestrante mineiro
Simão Pedro, durante a oficina realizada na tarde deste sábado (21), no IV
Congresso Espírita do DF. Para uma plateia de 200 pessoas, o orador explicou a
importância de se naturalizar a prática do bem. “Jesus disse: que sua mão
direita não saiba o que faz sua mão esquerda. Com isso, Ele quis demonstrar que
quando as ações no bem forem naturais, a pessoa nem as notará”, disse.
Mas para naturalizar
nossas atitudes no bem, primeiro passamos pelo estágio de “contá-las”, ou seja,
quando praticamos boas ações, nós nos vangloriamos ou simplesmente ficamos
satisfeitos. O segundo estágio é quando agimos no bem sem nos darmos conta, num
movimento automático. “Quando chegarmos a essa fase, estará naturalizada a
prática do bem”, relata o palestrante.
O bem exige ação
“Quando a maioria de
nós tiver naturalizado a ação no bem, estaremos entrando em outro momento
evolutivo, de predominância do bem: o dos mundos felizes”, afirmou. Simão Pedro
convidou os presentes a refletirem sobre as escolhas que estão fazendo: “Para
fazer o bem, é preciso agir. Para fazer o mal, basta a inércia”, garantiu. Além
disso, o palestrante enfatizou que não basta a ação no bem, mas a coerência da
atitude com os pensamentos, causando um bem aparente, falso.
Conhece-te a ti mesmo
E como resistir ao
arrebatamento do mal? Resumida na famosa frase de Sócrates “Conhece-te a ti
mesmo”, Simão Pedro conclamou todos a uma viagem interior para descobrir quem
se é e, assim, resistir ao mal. Mas como se conhecer, perguntou aos presentes?
O orador deu a resposta: “Existem três formas de nos conhecermos e vencermos o
mal: primeiro, o convívio com o semelhante; segundo, a dor; e terceiro, a
autoanálise”.
A exemplo de Santo
Agostinho, Simão Pedro sugeriu o diário exame da consciência. “Podemos, todos
os dias, nos analisar e nos transformar”.
E concluiu: “O conhecimento de si mesmo é a chave para o progresso
individual”.