Conexão com Deus exige mergulho em nós

 Brasília (20/4/19) – “A relação com Deus passa pela maneira como desempenhamos os papéis cotidianos e, principalmente, como mergulhamos em nosso íntimo.” A reflexão foi proposta por Alberto Almeida, na palestra “Consciência ou Conivência: qual é o seu perfil?”, ministrada ao longo da quinta edição do Congresso Espírita do Distrito Federal. O evento ocorre no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e reúne quase 2,2 mil pessoas, entre trabalhadores e congressistas de todas as idades.

Segundo Alberto Almeida, no dia-a-dia, conhecemos as pessoas desempenhando papéis, como o de dirigente ou palestrante de centro espírita, médico, colega de trabalho, músico, mãe, pai e filho. O palestrante explicou que esses papéis apenas contam um pouco do que somos, mas não nos definem inteiramente e que é equivocado imaginar o contrário. Para ele, só se conhece verdadeiramente uma pessoa, quando nos dedicamos a olha-la por inteiro.

Almeida chegou a comparar o mergulho íntimo a entrar em uma casa escura e iluminá-la para procurar quem somos. “É fazer a conexão com o divino, buscando o ego, para colocá-lo à serviço do ser e não o contrário, ou seja, evitando que o ego assuma o comandando do homem”, enfatizou.

O palestrante afirmou que muitos de nós não se dá conta de que os papéis sociais são sustentados pelo ego e, se o ego está “escuro”, nosso surgimento externo fica prejudicado. “Quem tem o ego desestruturado não consegue desenvolver os perfis sociais adequados para as mais diversas situações que experienciamos”, explicou o médico paraense.

Por fim, Alberto Almeida destacou o seguinte: “a cada encarnação, o nosso ego vai perdendo força. Isso acontece com tanta intensidade que, em algum momento, o ego morre e, aí sim, nos sentimos conectados à divindade”. E arremata: “se não tivermos conectados ao divino que habita em nós, não daremos conta das nossas demandas humanas”.

 

Texto: Luana Karen

Revisão: Eduardo Brasil