Vozes do Grande Coro Espírita do DF encantam em tempo de Natal

Há diferentes modos de se contar uma história. Nem todos, porém, com o mesmo poder de tocar a alma humana com a intensidade de uma apresentação musical. Quem foi ao Teatro da Escola de Música de Brasília no domingo, nove de dezembro, para assistir ao Concerto de Natal do Grande Coro Espírita do DF, pode confirmar isso.

No palco, integrantes de coros espíritas de Brasília e de outras regiões do Distrito Federal mostraram que "Natal é festa pra gente cantar..." E o fizeram, contando de um jeito muito especial a história do encontro de Jesus com a humanidade encarnada na Terra - o Cristo nascido entre os homens para ser o Seu guia e modelo.

O Grande Coro é formado por vozes dos corais Canto da Paz, do Centro Espírita Campos da Paz; Elos de Luz, da Comunhão Espírita de Brasília; Irmã Scheilla, do Centro Espírita Fraternidade Allan Kardec; Nilo Sheik, do Grupo de Assistência Espiritual Eurípedes Barsanulfo; e do Unicanto, da Federação Espírita do DF.

Para Fabiana Menezes, coordenadora do Grande Coro, a música elevada preenche o espírito de paz, luz e amor. O seu desejo é que essas vibrações amorosas façam parte do dia a dia das pessoas, tornando-as exemplos vivos do amor de Cristo.

Em nome da Federação Espírita do Distrito Federal, Paulo Maia, seu presidente, afirma que o Concerto celebra a verdadeira razão do Natal e contribui para manter vivo o canto coral na capital do país. Já a diretora de Arte e Cultura da FEDF, Márcia Falcomer, destaca o poder desse espetáculo de fazer renascer, nos corações, a mensagem de amor que o Cristo Jesus exemplificou.

Por cerca de uma hora, o que se viu e ouviu no teatro foi a afinação das 119 vozes e a harmonia entre elas. Durante a execução de um repertório de 12 peças, entre as quais alguns clássicos como “Noite de Paz”, “Glória” e “Jingle Bells”, nem mesmo a alternância de regentes e músicos ao piano abalou a sintonia espiritual dos cantores.

E, como ensina a música de Moacyr Camargo, “toda beleza é fruto do amor”, amor que se aprende por diferentes sentidos. O fotógrafo Luciano Campos é cego dos olhos do corpo, mas estava lá com sua sensibilidade aguçada para registrar, de forma inédita, o grande concerto: “O canto me orienta, procuro as pessoas pelas vozes e sigo a intuição.”

Momentos de alegria e emoção para quem assistiu ao Grande Coro e voltou para casa com algum verso repercutindo na lembrança e no coração. Como aquele que mais me tocou e continua a me dizer: “Ama, que o amor eleva, que o amor inspira, que o amor é leve”.


Roberto Camargo