A
Grande Virada
Ano Novo! Às vésperas da
passagem de um ano para outro, sempre nos pegamos fazendo questionamentos,
reflexões, promessas...
Um ano se vai, outro ano se
inicia... Vira o ano e a grande virada em nossas vidas não acontece. Renovamos
as esperanças, reafirmamos compromissos. Entretanto...
Temos todas as informações
para o progresso infinito do espírito imortal que somos, mas não conseguimos
nos utilizar delas para a construção da própria felicidade.
Nos poucos minutos que
antecedem a virada do ano, presos no tumulto das paixões não apaziguadas, refletimos
acerca de todo o tempo que perdemos, fugindo de nós mesmos, buscando fora o que
somente é possível encontrar no interior dos sentimentos profundos. E, quase
como um lamento, murmuramos: Que fizemos de especial?
Mas se aproxima um novo ano, e
os anos novos não podem ser iguais aos anos velhos. Há que se encher a taça da
esperança, há que se escutar o “tim-tim” das bem-aventuranças, que são convites
de afeto e alegria de viver e de servir.
Envolvidos de maneira muito
especial nesse clima de aspirações, realização de sonhos, conquista de ideais;
sentimo-nos fortes, resistentes para vencermos o mal interno e finalmente
encetarmos a grande virada em nossas vidas, em outras palavras, a mudança de
velhos hábitos.
Na certeza de que Jesus espera
por nós e de que sabe qual é o nosso destino, relembramos sua recomendação: “Sede, pois, vós outros, perfeitos, como
vosso Pai celestial é perfeito”. (Mateus, V: 48)
E já sabemos que, para isso,
necessário será cumprirmos outros sublimes ensinamentos do Mestre: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem a quem
vos odeia, e orai pelos que vos perseguem e caluniam”. Mas nós, os
discípulos contemporâneos, replicamos inconformados: Como assim Jesus? Por quê? E eis que o Divino Rabi, com toda
serenidade, reitera: “Porque se vós não
amais senão os que vos amam, que recompensas haveis de ter? Não fazem os
publicanos também o mesmo? E se vós saudardes somente os vossos irmãos, que
fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios? ” (Mateus V:
44 a 46). E, ainda redarguindo ao Meigo Nazareno, continuamos: Mas, Senhor, não
conseguiremos, iremos nos perder ao longo do caminho. E, Jesus,
categoricamente, afirma: “Que o vosso
coração não se perturbe. Crede em Deus, crede também em mim. ” (João, XIV:
1). E, como se não quisesse deixar nenhuma dúvida pairar nos nossos mais
íntimos pensamentos, continua: “Das
ovelhas que meu Pai me confiou, nenhuma se perderá. ” (Lucas, 15: 4 a 6).
Que consolo! Jesus não desistirá de nós.
Então... Ano novo! Que faremos de especial?
Cientes estamos de que, para que o novo ano seja mesmo
promissor, necessário se faz que assumamos o compromisso de reais
transformações para melhor. Do contrário, passados os dias de sorrisos e
brindes, de banquetes suntuosos ou não, a velha rotina retornará e os antigos
hábitos que não foram alterados permanecerão e a existência seguirá a mesma
marcha.
Sabedores somos de que o progresso é fruto de escolha.
E, afora nós mesmos, ninguém nos decide o destino.
Portanto, quando iniciaremos a grande revolução da paz no
próprio coração? Quando se dará a nossa grande virada?