Palestrantes reforçaram a ideia de que a mudança social só ocorrerá quando o ser humano se transformar verdadeiramente
Brasília (22/4/18) – A tarde deste sábado (21), no IV
Congresso Espírita do DF, foi dedicada a uma programação mais interativa entre oradores
e participantes. Palestras, apresentações artísticas e debates se estenderam
por três rodadas. A última delas, iniciada às 18h, abordou temas relevantes
para a prática do bem nos dias atuais, responsabilidade com nossos
comportamentos, cuidados com a infância e perdão estiveram entre eles. A
presença do público até o fim de todas as atividades do dia foi um ponto alto
no encerramento do segundo dia de evento.
Mesmo após horas de atividade, o público se manteve atento para ouvir a palestra “O papel do espiritismo na transformação social”, de Geraldo Campetti. O comportamento humano, numa comparação entre teoria e prática, foi o fio condutor da fala do palestrante.
Para ele, uma das coisas mais importantes da vida é trabalhar o amor, e, por isso, não devemos nos esquecer que é necessário aprender a amar. Ele explicou que isso só será plenamente possível quando, diante de tantas dificuldades da vida terrena, aprendermos a discernir o bem ou o mal das nossas ações. Só assim será possível pregarmos em palavras – e atitudes – o amor. “Aprender a amar exige esforço, vontade e desprendimento. Lembremos que Jesus, em nenhum momento, pregou ou usou do ‘discurso de ódio’, excluindo os que pensavam diferente, porque ele vivenciava o fato de que todos somos irmãos”, ressaltou.
Pergunta e resposta
Da sala de palestra para a sala de debate, a sessão
“Pinga-Fogo”, reuniu os palestrantes Saulo César e Neuza Zapponi para responder
perguntas formuladas pelo público presente. A importância do perdão como
instrumento para libertar o homem foi uma das primeiras discussões provocadas
por Saulo, ao tratar de uma pergunta que se referia sobre as formas de fazer o
bem. Dessa vez, ele optou por responder à pergunta não falando sobre as
recomendações para o bem, mas ressaltando como não se enveredar pelo caminho do
mal, lembrando que o perdão permeia essa mudança de atitude.
Providência Divina
Segundo Saulo, não cabe a nós fazer justiça com as próprias mãos, querendo reparar um mal com outro mal. Porque desse modo, explicou, ajusta-se um problema, mas cria-se outro. Como nós podemos ajudar a reparar o mal sem provocar algo pior é o nosso desafio. E completa ainda: muitas vezes, temos que entender que não cabe mais a nós corrigir algo de errado, apenas confiarmos na Providência Divina para o melhor encaminhamento da situação.
Crianças
Neuza Zapponi, por sua vez, respondendo sobre como o bem e o
mal podem repercutir na infância, fez um belo discurso relembrando a forte
ligação que se mantém entre as crianças e o plano espiritual até os sete anos
de idade e, por isso mesmo, como essa fase da evolução humana é uma preciosa
oportunidade para a reencarnação, “principalmente quando esses pequenos seres
são recebidos com muito amor por seus pais”. Segundo ela, essa vibração de amor
no âmbito familiar provoca extraordinárias modificações, sendo, em muitos
casos, o momento crucial onde o Espírito pode corrigir más inclinações que
ainda carrega de encarnações anteriores.
Esses foram apenas alguns dos muitos temas produtivos
debatidos na noite de sábado. Neste domingo, o IV Congresso segue em seu último
dia, com mais palestras e debates programados até às 16h.
Por: Cristiane Vasconcelos