Mensagens de motivação, importância da educação moral e consciência ecológica deram o tom da roda de conversa que encerrou o congresso

Mensagens de motivação, importância da educação moral e consciência ecológica deram o tom da roda de conversa que encerrou o congresso
A tônica da roda de conversa que encerrou oficialmente a programação 9o Congresso Espírita do DF no domingo, dia 21 de abril, foi de motivação à adesão da consciência ecológica, educação moral, desejo de paz, otimismo pela mudança e recomendações de zelo com patrimônio divino da natureza do planeta.

O enunciado da roda de conversa foi “dá conta da tua administração”, que contou com Adeilson Salles, André Trigueiro, Berenice Santos, Saulo Cesar e Thiago Toledo. O mediador foi o presidente da FEDF, Paulo Maia.

André Trigueiro elogiou o título do evento: meu papel na transformação planetária. “Foi uma escolha incomum, normalmente se optam por conceitos filosóficos e religiosos. Esse foi direto ao assunto”, ressaltou o palestrante.

De acordo com Trigueiro, precisamos ter a sinceridade de reconhecer que Jesus nos convidou a mudança. Para ele, a perspectiva de uma encarnação não pode ser outra. Ou seja, não se pode aceitar que desencarnemos da mesma forma que viemos ao mundo. “Nós espíritas não temos esse direito, temos acesso a informações que outros segmentos não têm. Portanto, que cada um responda por si diante do tribunal da consciência”, alertou.

No entanto, ele reconhece que a mudança muitas das vezes enfrenta resistência, pois de modo geral, gostamos da zona de conforto. “A rotina nos faz bem, mas a gente veio para entender que no pacote da reforma intima está embutida a perspectiva da mudança. A gente veio para semear um mundo de regeneração em que faça sentido a água limpa e o ar puro”, concluiu Trigueiro.

A reflexão de Saulo Cesar na roda de conversa teve foco no comportamento e compromisso das pessoas com os cuidados ecológicos. Ele usou uma imagem figurada comparando o planeta a um condomínio. “O que faz da Terra mais ou menos agradável a nós não é falta de recursos, não é falta de informação, é a nossa atitude. Isso afeta não só a nossa vida, mas a vida de quem está passando por ele. Cuidar do planeta é um ato de amor”, defendeu.

Thiago Toledo utilizou-se da citação ao Evangelho de Mateus, no trecho em que Jesus diz aos discípulos que teve fome, teve sede e foi estrangeiro e em cada uma dessas condições foi atendido e acolhido caridosamente. A mensagem desse texto, conforme afirmou Cristo, é que tudo que fizermos aos pequeninos será interpretado como se tivesse sido dedicado a ele próprio.

Para Toledo, essa lição evangélica tem a ver com a função de educar. “A partir dessa realidade, temos condições de observar o mundo. Devemos examinar tudo e reter o que é bom”, sugeriu.

Adeilson Salles também mencionou Jesus Cristo como exemplo e inspiração durante sua exposição na roda de conversa. “Estamos passando por esse mundo como usufrutuário das bênçãos planetárias que essa casa oferece. Que os exemplos mais simples e singelos sejam efetivos no ato de educar. Tudo na natureza implica em trabalho para o bem comum. Nosso papel é termos ações assertivas principalmente no campo da educação”, declarou.

Para Salles, o evangelho é a base da atitude da renovação e para socorrer o planeta é preciso ter a visão que Jesus Cristo, que é o grande exemplo para nós de uma proposta eco espiritual.

Berenice Santos de forma semelhante se referiu a educação moral como mecanismo para se alcançar uma subsistência sustentável. No entender dela, a ecologia é sistema de trabalho para nosso futuro e para quando aqui voltarmos. “Nós podemos fazer a diferença, contribuir, tudo isso que deve ser incentivado. A hora é agora”, argumentou.

A roda de conversa foi encerrada com uma prece final proferida pelo mediador Paulo Maia, que entre várias menções lembrou-se que no domingo foi celebrado o aniversário da fundação de Brasília, capital da República – cidade que foi a sede do congresso.


Sionei Ricardo Leão, jornalista espírita