O espiritismo é tudo isso. Uma ciência que consiste na investigação rigorosamente racional e científica de fatos que revelavam a comunicação dos homens com os espíritos. Allan Kardec, no século 19, durante o auge da experimentação científica na França, utilizou-se de um método simples de observação, experimentação e análise sistemática de manifestações dos espíritos, para explicá-los e resumi-los por meio da teoria que viria a ser a Doutrina Espírita.
Estava lançada a ideia de uma nova ordem e de uma nova realidade que afetava os interesses e as concepções da vida por parte das ciências, das religiões e das filosofias. Seu tríplice aspecto, científico (estuda), filosófico (esclarece) e religioso (sublima), viria a ser a Nova Revelação de iniciativa da espiritualidade superior, sem nenhuma teoria preconcebida. A partir daí a questão transcendental tornou-se conhecida, alvo de aceitações e rejeições, como se afigura até hoje.
Há 167 anos, Allan Kardec lançaria a primeira publicação: “O Livros dos Espíritos”, o primeiro de suas cinco obras básicas da Doutrina Espírita, que estabelece 1.019 proposições aos espíritos superiores, que esclarecem dúvidas e interrogações fundamentadas em argumentos nas conquistas realizadas pela ciência de então, mas com tamanha lucidez, de forma a ser sempre atual e renovadora, possibilitando condições de ajustamento da conduta individual.
O espiritismo explica de forma profunda o que são o espírito e a matéria, a criação, a morte e a reencarnação, a justiça divina, os processos de interferência espiritual na condição humana, as leis morais da vida, as consolações.
Examinou a moral sob o ponto de vista dos imortais, oferecendo luz à ciência e até antecipando-a em muitas explicações, pois que, enquanto a ciência estuda os efeitos, o espiritismo remonta às causas de todas as ocorrências, oferecendo sentido ético e lógico.
Ciência que não se utiliza de elementos convencionais e estuda o ser humano em sua estrutura íntima, como o “princípio inteligente do Universo”, acompanhando-o até depois de sua morte biológica.
Filosofia comportamental que se encerra na crença em Deus, na imortalidade da alma, nas comunicações com os espíritos, na pluralidade dos mundos habitados, sustentando-se nos postulados ensinados e vividos por Jesus e no amor de Deus, “Causa Primeira de todas as coisas”.
A Doutrina Espírita é O Consolador Prometido por Jesus. Esse é o abraço que o espiritismo nos dá.
por Concita Varella, jornalista espírita
e Pablo Natan Machado, historiador