Trabalhador Espírita e o Estudo das Obras Básicas foi tema do Ponto de Encontro da área de Estudos do Espiritismo da FEDF
“Querer conhecer a Doutrina Espírita por meio das obras adjacentes e não pelas obras básicas, é o mesmo que começar a construir uma casa pelo telhado”. Com essa ideia, o palestrante Simão Pedro Lima falou sobre o Trabalhador Espírita e o Estudo das Obras Básicas, no Ponto de Encontro da área de Estudos do Espiritismo da FEDF na noite do domingo, 23/3.
Simão Pedro avalia que muitos se aproximam da doutrina espírita pelas literaturas “satélites” que orbitam o elemento fundamental que são as obras trazidas por Kardec. Assim, ficam em órbita sem acessar o pensamento kardeciano e o pensamento espírita. “Precisamos fazer no meio espírita, uma kardequese para se entender as ideias dos espíritos e levar a metodologia e o afinco com que Kardec trabalhava”, brinca.
Na questão 798 do Livro dos Espíritos, Kardec indaga se o espiritismo se tornará uma crença comum. Os espíritos respondem que certamente e que marcará a nova era na humanidade porque está na Natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Não é inventado nem criado e, porque a realidade espiritual é natural, a interação entre o mundo corpóreo e espiritual, é natural. Simão Pedro explica que não há um dono ou proprietário, mas o pensamento espírita é universal, não circunscrito a uma ideia religiosa, é uma forma de viver, uma maneira de se entender a vida e vivê-la.
O palestrante avalia a importância dos estudos para que o Projeto Espírita elaborado por Kardec, em 1868, se concretize por meio da unidade do pensamento espírita, pois, segundo o referido Projeto, "um dos maiores obstáculos capazes de retardar a propagação da Doutrina seria a falta de unidade."
Por isso, Simão Pedro considera que é necessário que o trabalhador estude regularmente o espiritismo para se desenvolver os princípios da ciência e o gosto por estudos sérios e aprofundados que construirá adeptos mais esclarecidos. Ele sugere que se comece pelo Livro dos Espíritos, não pela primeira questão, mas pelas 16 introduções e os Prolegômenos (amplo introdutório).
A exposição de Simão Pedro foi finalizada com uma frase de Joanna De Ângelis, “Estudar o Espiritismo na sua limpidez cristalina e sabedoria incontestável é dever que não nos é lícito postergar, seja qual for a justificativa a que nos apoiemos”.
Depois, o estudo seguiu com a interação dos trabalhadores das casas espíritas do DF e Entorno conectados no encontro virtual.
Concita Varella
Jornalista Espírita
Assista o evento na íntegra: